Que Todos sejam um, para que o mundo Creia

A Santa Missa

15-02-2011 19:23

  A Santa Missa (parte por parte)

  

Reflitamos um pouco mais sobre a forma de como cada um participa da Missa lendo a seguinte história:

Numa certa cidade, uma bela catedral estava sendo construída. Ela era inteiramente feita de pedras, e centenas de operários moviam-se por todos os lados para levantá-la. Um dia, um visitante ilustre passou para visitar a grande construção. O visitante observou como aqueles trabalhadores passavam, um após o outro, carregando pesadas pedras, e resolveu entrevistar três deles.

A pergunta foi a mesma para todos: O que você está fazendo?
- Carregando pedras, disse o primeiro.
- Defendendo meu pão, respondeu o segundo.
Mas o terceiro respondeu:
- Estou construindo uma catedral, onde muitos louvarão a DEUS, e onde meus filhos aprenderão o caminho do céu.

Essa história relata que apesar de todos estarem realizando a mesma tarefa, porém a maneira de cada um realizar é diferente. Assim igualmente acontece com a Missa. Ela é a mesma para todos, contudo a maneira de participar é diferente, dependendo da fé e do interesse de cada um:

·         Existem os que vão para cumprir um preceito;

·         Há os que vão à Missa para fazer seus pedidos e orações;

·         E há aqueles que vão à Missa para louvar a DEUS em comunhão com seus irmãos.

 

3 – Sinais e gestos

A nossa fé, o nosso amor  e os nossos sentimentos são manifestados através dos gestos, palavras, cantos, posição do corpo e também pelo silêncio. Todos os gestos devem ser bem feitos, isto é, marcados corretamente, pois eles são uma atitude consciente. Trata-se de uma profunda convicção do que estamos fazendo, ou seja, um depoimento público de fé.

 

a) Pessoa – Assembléia Litúrgica, os ministros dos sacramentos e demais ministros (leigos, diáconos, padre e bispo).

b) Som – música que é uma expressão de louvor.

c) Cores – Nos ajudam a lembrar o mistério que celebramos.

d) Aspersão da água benta – Nos recorda da purificação do dia do nosso batismo, é realizado no Ato penitencial da Santa Missa ou em bênçãos de objetos. (pode-se abençoar sem aspergir água).

e) Sinal da cruz - Não é um sinal de morte e humilhação. Devemos fazer este sinal lembrando da Cruz gloriosa. Cristo venceu a morte. O sinal da Cruz nos lembra que é a Trindade que nos acolhe. Estamos colocando a nossa vida e todo a nossa ação nas mãos da SS. Trindade. Este sinal nos lembra o nosso Batismo, quando o padre nos chamou pelo nome e nos disse: “Nós te recebemos com grande alegria na comunidade cristã. Eu, teus pais e padrinhos, te marcamos agora com o sinal do Cristo Salvador”. Ao fazer o Sinal da Cruz, queremos declarar que todo no nosso pensamento, nossa vontade e a nossa ação, representados pela fronte, pelo peito e pelos braços, à luz da morte de CRISTO, se desenvolvem em nome da SS Trindade. Todo o nosso ser está mergulhado no mistério da Trindade através da cruz Redentora de Cristo;

f) Persignar – (benzer-se) É comum fazer na proclamação do Evangelho, traçamos o sinal na fronte, nos lábios e no peito (coração), pedimos a DEUS que a força da mensagem de Cristo penetre a nossa mente, nossa palavra e na nossa vida. Para que eu entenda a Palavra de DEUS, para que eu proclame a palavra de DEUS e para que eu guarde no coração a palavra de DEUS.

g) Genuflexão simples – (dobrar um joelho no chão) – é um gesto de adoração a JESUS na Eucaristia. Fazemos quando entramos na Igreja e dela saímos. Podemos dizer que é o nosso “jeito” de cumprimentar JESUS, mas só deve ser feita se houver o sacrário, isto é, aquele pequeno compartimento onde são depositadas as partículas (hóstias pequenas) consagradas na Santa Missa. O Sacrário é identificado facilmente, pois deverá estar sempre com uma pequena lâmpada ou vela. Fazemos também a genuflexão diante da Cruz na Sexta-feira Santa, em sinal de adoração a JESUS que foi nela pregado.   Nunca fazer diante de imagens.

h) Genuflexão dupla – faz-se diante do SS. Sacramento exposto, isto é, quando é feita a Adoração ao SS Sacramento é colocado no ostensório uma Hóstia grande, ou mesmo colocada a âmbula sobre o altar. É dobrar os dois joelhos diante de JESUS Sacramentado.

i) mãos postas - significa recolhimento interior, busca de DEUS, fé, confiança e entrega da vida. É uma atitude de profunda piedade.

j) mãos unidas – atitude de unidade, fraternidade e compromisso.

l) mãos erguidas – é uma atitude dos “orantes”. Significa súplica e entrega a DEUS. É o gesto aconselhado pelo apóstolo São Paulo.

m) mãos impostas – Atitude de invocação, é estender as mãos, por exemplo, o Sacerdote impõe as mãos para santificar as oferendas antes da consagração das espécies do pão e do vinho. Impõe-se as mãos para dar bênçãos. Podemos impor as mãos também para orar por uma pessoa. 

n) inclinação - Inclinar-se diante de alguém é sinal de grande respeito. É também adoração, diante do SS. Sacramento. Podemos nos inclinar para receber bênção solene. Devemos nos inclinarmos diante do altar e imagens.

o) de joelhos – é comum diante do SS. Sacramento e durante a consagração do pão e do vinho. Significa adoração a DEUS. “Ao nome de JESUS, se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra” Fl2,10. Podemos também ajoelhar diante de imagens para orações, em casa e em até celebrações litúrgicas públicas. É um dos sinais fortes na Bíblia para expressar humildade e pequenez diante da grandeza de DEUS. Ajoelhamos também para reconhecer a nossa condição de pecadores. Temos várias passagens bíblicas; At7,60; At21,5;Lc22,41; Esd9,5 etc.

p) Prostração – Entrega total a DEUS, significa morte para as coisas do mundo e nascer para DEUS com uma nova vida e missão. Hoje essa atitude é própria de quem se consagra a DEUS, como na ordenação sacerdotal. Este gesto também é comum na Sexta-feira Santa no início da Celebração da Paixão do Senhor pelo presidente da celebração.

q) sentados – posição cômoda, atitude de quem fica à vontade e ouve com satisfação sem pressa de sair. Atitude de acolhimento e meditação.

r) de pé – posição de quem ouve com atenção, respeito e dignidade diante de DEUS; indica prontidão e disposição para obedecer.

s) silêncio – Antes da própria celebração é louvável observar o silêncio na Igreja ou o lugar que vai se desenvolver uma celebração, para que todos possam ter um momento para meditação. É oportuno depois das leituras e da comunhão para interiorizar o que o Senhor disse e o que recebemos na Sagrada Comunhão.

t) Procissão – é comum na entrada, no ofertório e na comunhão. Significa a peregrinação, a caminhada do Povo de DEUS para a casa do Pai. Lembramos de Abraão e sua família a caminho da Terra Prometida. É também um símbolo da passagem do próprio JESUS   para estar com o Seu Rebanho.

Significados de algumas palavras:

Amém: Palavra de origem hebraica que expressa adesão, acordo. Com esta aclamação o povo confirma sua aceitação das palavras do sacerdote.

Aleluia: Bendito seja DEUS, louvado seja DEUS, graças a DEUS. Era a proclamação das pessoas quando recebiam uma notícia muito agradável. É muito usada na Missa no tempo Pascal.

Hosana: É outra palavra do hebraico que corresponde o nosso “viva”. Nós o proclamamos ...

 

4 – O QUE É LITURGIA?

Liturgia (palavra grega) significa: serviço, ação, obra, dirigidos e a serviço do povo. É o culto público da Igreja, que assume oficialmente as palavras e os gestos de JESUS, bem como a fé e os sentimentos do Povo de DEUS, tornando presente e atuante a Obra da Salvação (O termo “liturgia” Antigamente este era muito usado). Atualmente é somente empregado para as celebrações da Igreja. A liturgia da Santa Missa é uma ação sagrada pela qual, através de ritos (forma, jeito, etc..) sensíveis, se exercem no Espírito Santo por JESUS Cristo, nosso mediador junto a DEUS, com a Igreja e pela Igreja, para a glorificação de DEUS e a santificação dos homens. JESUS Cristo, na Santa Missa, é o nosso irmão. 

Na Liturgia não se trata de realidades passadas, mas as realidades presentes que acontecem sempre de novo, realidades que acontecem em nós e para nós.

A Liturgia é um acontecer de realidades sagradas e ocultas em forma terrena. É preciso portanto, antes de tudo, transformar em ação vivencial aquela ação mediante a qual o homem que tem fé, compreende, acolhe e realiza os sinais visíveis e sagrados da graça invisível.

No culto, o homem todo procura entrar em comunhão com DEUS. Não só a alma, sua inteligência, também seu corpo. DEUS se revela e se comunica não só pela linguagem falada, mas através de diversos elementos da natureza. Toda a natureza fala de DEUS e pode servir de linguagem para o homem. Por isso, muitos elementos podem servir de sinais litúrgicos que significam e comunica a graça. Por exemplo: a água no batismo.

JESUS esta presente na liturgia terrestre.. "Para levar a efeito tão grande obra" a saber, a dispensação ou comunicação de sua obra de salvação" Cristo está sempre presente em sua Igreja, sobretudo nas ações litúrgicas. Presente está no sacrifício da missa, tanto na pessoa do ministro, pois 'aquele que agora oferece pelo ministério dos sacerdotes é o mesmo que outrora se ofereceu na cruz', quanto sobretudo sob as espécies eucarísticas. Presente está por sua força nos sacramentos, a tal ponto que, quando alguém batiza, é Cristo mesmo que batiza. Presente está por sua palavra, pois é ele mesmo quem fala quando se lêem as Sagradas Escrituras na Igreja. Presente está, finalmente, quando a Igreja reza e salmodia, ele que prometeu: 'Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, aí estarei no meio deles' (Mt 18,20)." CIC 1088

a - contexo (não excludente) da ação litúrgica: “ação de Cristo e da Igreja”;

b - liturgia: fonte e cume da vida eclesial (aspecto celebrativo);

c - pressupostos: fé e catequese litúrgica (vive-se mais o que se conhece mais);

d - liturgia: leva-nos ao compromisso de transormação histórica.

 

5 – A SANTA MISSA – O QUE É?

“Fazei isto em memória de Mim” Lc22,19-20

Ação memorial – A ação litúrgica faz memória, isto é, torna presente, traz para o momento atual dos acontecimentos de salvação. E um exemplo belo e extraordinário é o da Eucaristia. A celebração eucarística é a atualização, por meio de sinais e ritos, da morte de Cristo na cruz em favor de nós. Temos um fato passado (a morte de JESUS), esse fato torna-se presente para nós aqui e agora (celebração eucarística), e nos projeta para o futuro (o reino de DEUS vais se construindo até chegarmos à plena comunhão com DEUS e com os irmãos).

“Corpo dado por vós, Sangue derramado pó vós! Ao pronunciar estas palavras na Última Ceia durante a qual instituiu a Santíssima Eucaristia, JESUS usou uma linguagem sacrifical, indicando a sua imolação pelos homens. Imolação esta que se realizaria sobre a Cruz na tarde de Sexta-feira Santa com o sacrifício do ‘Cordeiro de DEUS’ Jo1,19”.

Este é Sacrifício da Nova e Eterna Aliança, plenitude e cumprimento dos sacrifícios da Antiga Aliança. JESUS o ofereceu sobre a Cruz para a Redenção de todos Mc10,45. e, na última Ceia instituiu o seu Memorial permanente, pra que os homens, ao longo dos tempos, tivessem “em suas mãos” o Sacrifício da própria Redenção. A Eucaristia é, portanto, não somente um Sacramento, mas também, verdadeiramente, um Sacrifício: O Sacrifício de JESUS. Com ela cumpre-se plenamente a antiga profecia: “Pois, desde o lugar...” Ml 1,11.

É o mesmo e verdadeiro Sacrifício do Calvário, tornado presente sacramentalmente em nossos altares, debaixo das espécies de pão e vinho, através dos Ministérios dos Sacerdotes. É o Sacrifício de valor infinito que JESUS ofereceu a DEUS por nosso amor e faz-se presente continuamente sobre os altares em todo o mundo.   Deste modo, podemos concluir com quanto amor, respeito, devoção, gratidão, atenção, contrição, abertura de coração, piedade e recolhimento devemos participar da Santa Missa. Enfim, devemos participar com as mesmas disposições com as quais participaríamos do Sacrifício do Calvário.

 

Veja, como é grande este Sacrifício! JESUS Cristo, na véspera de sua Paixão, justamente ao celebrar a ceia sacrifical hebraica com a imolação do cordeiro pascal, põe fim aos sacrifícios antigos de animais e se oferece a si mesmo como novo Cordeiro Pascal que se sacrifica por todo o mundo, consagrando o pão e o vinho e tornando-se seu Corpo e Sangue. Este mistério da Morte e Ressurreição que será confirmado na Sexta-feira Santa e no Sábado Santo.   Podemos afirmar com certeza que a Santa Missa é o Calvário em nossas mãos!

 

Por isso, toda Missa é o memorial do Mistério pascal de Cristo, toda Missa é Cristo morto e ressuscitado, toda Missa é Páscoa! A PÁSCOA DOS CRISTÃOS.

 

Há uma identidade essencial entre a Missa, a Última Ceia e o Sacrifício do Calvário. Trata-se de fato de um único Sacrifício. A Vítima sacrifical é a mesma: JESUS CRISTO. O Sacerdote oferente é o mesmo: JESUS CRISTO (que age através dos seus Sacerdotes). A única diferença entre o Sacrifício da Missa e o Sacrifício da Cruz está no modo de oferecer: na Cruz, oferecido de modo cruento, isto é, houve derramamento de Sangue. Nos nossos altares, oferecido de modo incruento, isto é, sem o derramamento de Sangue, sob os véus sacramentais do pão e do vinho, isto é, velado. 

“A Missa torna presente o sacrifício da cruz; não é mais um, nem o multiplica. O que se repete é a celebração memorial, de modo que o único e definitivo sacrifício redentor de Cristo se atualiza incessantemente no tempo. Portanto, a natureza sacrifical do mistério eucarístico não pode ser entendida como algo isolado, independente da cruz ou com uma referência apenas indireta ao sacrifício do Calvário” (Da Carta Encíclica “Ecllesia de Eucharistia” – Papa João Paulo II).

 

O Sacrifício da Missa é oferecido somente a DEUS, pela Igreja e por todos os homens, pelos vivos e falecidos. Mas podemos oferecer em honra a Nossa Senhora, aos anjos e aos Santos.

 

No tempo dos Apóstolos, a Missa é chamada de “fração do Pão”. A celebração era como uma refeição fraterna, onde se entoavam cânticos e faziam orações. Acontecendo sempre na noite do sábado para o Domingo. O presidente repetia os gestos de JESUS: abençoava, partia e distribuía o pão. Ao final da ceia abençoava-se o cálice e todos bebiam. Era o ponto culminante de toda a ceia.

 

Com o passar dos tempos, perdeu-se o espírito de refeição fraterna e deu o lugar para o aparato e o esplendor. Mas com o Concílio Vaticano II, a Santa Missa voltou ao seu sentido verdadeiro, onde o povo passou participar ativamente e a aproveitar os frutos com intensidade que dela procede. 

A Missa consta de duas partes: LITURGIA DA PALAVRA e LITURGIA ENCARÍSTICA. E os ritos (iniciais e finais) que abrem e encerra e tem objetivos de preparar a assembléia.

6 - RITOS INICIAIS:  Rito é um jeito costumeiro de se fazer alguma coisa... O fato de fazê-la sempre daquele jeito é que dá a sensação de havê-la realmente realizado.... Rito tanto pode ser um detalhe, quanto um conjunto... , isto é, a forma de como se faz alguma coisa (dar exemplo). O objetivo principal dos ritos iniciais é transformar indivíduos em povo celebrante, assembléia orante, corpo de Cristo animado por seu Espírito disposto para o encontro pascal e transformador como DEUS vivo. JESUS está vivo na assembléia – É a primeira forma que O encontramos.

6.1 - Música - Todos devem participar com interesse e amor. 

6.2 - A Procissão de entrada - o celebrante entra representando o Cristo. É a segunda forma que encontramos com JESUS. Ele se dirige ao altar e o beija. Este beijo é muito significativo. O altar representa o próprio JESUS, pedra angular. O celebrante expressa sua relação íntima com o Senhor, pois é em nome Dele que irá presidir a Santa Missa.

6. 3 - Saudação bíblica – É o jeito de cumprimentar. Temos na bíblia belíssimas saudações: JESUS saudou os discípulos, dizendo-lhes: “A paz esteja convosco”, o Anjo Gabriel saudou Maria, dizendo-lhe: “Salve cheia de graça, o Senhor é contigo”. Na Santa Missa, a mais comum é tirada da carta de S. Paulo aos Coríntios – 2Cor1,2.

6.4 - Ato penitencial - Ninguém participa bem de uma festa se não estiver em paz com o dono da casa e os outros convidados. Por isso somos convidados a examinar a nossa consciência para nos reconciliar com DEUS e com os irmãos. É hora de nos lembrar do que JESUS nos disse: “Não julgueis e não sereis julgados; e, com a medida com que medirdes, sereis medidos”.

 

Em seguida o celebrante dá a absolvição. Esta não é um Sacramento. Trata-se de uma confissão da fraqueza humana e uma purificação das faltas leves reconhecidas e com propósito de emenda. Somente o Sacramento da Reconciliação perdoa os pecados graves. Em algumas celebrações festivas é comum ter a aspersão da água benta.

 

6.5 - Glória – Louvamos ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, expressando a nossa alegria de filhos de DEUS. Vem logo após do ato penitencial porque o perdão de DEUS nos faz felizes e agradecidos. Louvamos ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.

Este hino é um dos mais antigos de toda a liturgia. Inica com as palavras dos anjos aos humildes pastores por ocasião do nascimento de JESUS Cristo: “Glória a DEUS .....”

 

6.6 - Oração da coleta – Reúne numa só oração todas as orações da Assembléia. É por isso que após o “OREMOS” segue uma pequena pausa. Esta, para que cada um coloque as suas intenções mentalmente. Podemos pedir por nós, por outros, pelo mundo inteiro. A missa é indivisível. O celebrante com mãos elevadas profere a oração. Todos respondem amém para dizer que aquela oração é também sua. É como uma assinatura: de acordo. É o 1º grande AMEM da Santa Missa.

 

7 – PRIMEIRA PARTE - LITURGIA DA PALAVRA – A Liturgia da Palavra tem um conteúdo da maior importância. Nesta hora, DEUS nos fala solenemente. Fala a uma comunidade reunida como o “Povo de DEUS” e fala intimamente a cada um dos presentes. Ela deve ser ouvida com interesse e fé. Ela “é viva e eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes” (cf. Hb4,12).As leituras são uma preparação para a proclamação do Santo Evangelho. 

 

Estas leituras não são escolhidas de qualquer jeito. Elas foram preparadas após longo estudo, com indicação das três leituras e o salmo para cada domingo. A preocupação fundamental foi a de possibilitar ao cristão que participa regularmente da missa dominical conhecer os quatro evangelhos completos e grande parte dos vários outros livros da Bíblia, tanto do AT e NT. Estas leituras são iguais no mundo inteiro. Lá na China lê as mesmas leituras que nós lemos. A Igreja Católica é Universal, isto é, igual no mundo inteiro.   Estas leituras são cartas de amor de nosso PAI. E, muitas vezes, nós deixamos fechada num “envelope”. Toda carta exige uma resposta. A Liturgia da Palavra é a terceira forma da presença de JESUS.

A Liturgia da Palavra aos domingos é composta de 4 leituras, sendo:

7.1 – Uma leitura tirada do AT (exceto o tempo pascal ou alguma solenidade de algum santo de destaque, por exemplo celebração da solenidade de São Sebastião) A Igreja abre mão da celebração do dia e faz memória a Ele. Ele é o nosso Padroeiro. Em Caxias por exemplo não é feito assim.

7.2 - Salmo responsorial, que é a resposta a 1ª leitura; É a nossa resposta à Palavra de DEUS, e repondemos com a Palavra de DEUS!

7.3 - Uma leitura do NT tirada das cartas, as mais comuns são das cartas de São Paulo, ou outros livros do NT.

7.4 - O evangelho segundo S.Mateus – Ano A, Lucas - Ano B e Marcos – Ano C. O evangelho de São João é lido nos tempos fortes da Igreja, isto é, Advento, Quaresma, Tempo Pascal, etc. e em dias de festas. Os evangelhos fazem ligação com a 1ª leitura.

7.5 – Aclamação ao Evangelho; dois  detalhes do evangelho:

1) Ouvimos a primeira leitura, segunda e os salmos sentados; o evangelho ouvimos de pé, acompanhado de música de aclamação. Por que esta reverência maior? O evangelho é palavra de DEUS igual as outras, só que no evangelho é JESUS que nos fala diretamente, e JESUS é a palavra de DEUS que se revestiu da carne humana. Daí a nossa reverência maior.

2) Ao ouvirmos o Celebrante pronunciar: Proclamação do Evangelho de JESUS Cristo segundo fazemos o persignar-se, isto é, benzer-se com a primeira cruz na testa (para que eu entenda a Palavra de Deus), a segunda na boca (para que eu proclame) e a terceira no peito (para que eu grave no coração).

 

7.6 – Homilia – é a explicação das leituras bíblicas proclamadas. A palavra homilia quer dizer o pai fala aos filhos. Sentados como estivéssemos aos pés de JESUS, vamos abrir os nossos ouvidos e o coração. Deixamos que DEUS faça em nós seu trabalho criador, renovador, que cure nossas feridas, desperte nosso desejo, reanime nossas forças. E ao final, somos convidados a dar a nossa resposta de fé, recitando o Credo, afirmando acreditar no que foi dito.

 

8 – Profissão de fé -   Nesta oração estamos afirmamos as verdades da nossa fé e prometemos que vamos viver tudo aquilo que ouvimos na homilia. Proclamamos de pé, posição de prontidão.

 

9 - Preces da Comunidade – prossegue a conversa. O assunto agora são os problemas e necessidades de todos. Como é importante orarmos! A oração é a nossa alavanca, o nosso ponto de apoio. A oração tem o poder de “remover montanhas”. “Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome aí eu estou no meio deles” (Mt 18,20).

10 – SEGUNDA PARTE - LITURGIA EUCARÍSTICA – Eucaristia, palavra grega significa agradecimento, ação de graças, mas nos sentido amplo, eficaz. É a intervenção divina que provoca em nós a “exultação da vida”. E essa alegria imensa nos leva a dar graças e louvar a DEUS.

 

Na Liturgia Eucarística, todos são “celebrantes” do Mistério da Salvação. Ninguém deve assistir passivamente. Somos todos convidados do divino banquete. Cada um de nós é um convidado muito especial, JESUS é o Presidente da Celebração. 

Um Rei fez um grande banquete, a mesa já foi preparada.

O povo já foi convidado. Já foi imolado o Cordeiro.

Durante a oração eucarística, é comum observar pessoas distraídas — como se a oração fosse coisa do padre —, ajoelhadas e cabisbaixas, por respeito, mas sem entender... deve ser diferente esta atitude. A oração eucarística inteira é uma consagração dos dons e da comunidade. Ajoelhar corresponde à adoração às espécies e não parece ser o mais adequado para esse momento, pois estamos nos oferecendo juntamente com JESUS ao Pai. E preciso estar de prontidão, e a melhor posição do corpo é de pé! Isso de forma alguma indica falta de respeito, mas outra maneira de compreender esse momento e dele participar.

 

A oração eucarística é oração de todo o povo sacerdotal. A Constituição Sacrosantum Conciliam 48, ensína “A Igreja busca que os cristãos não assistam a esse mistério de fé como estranhos ou espectadores mudos, mas participem da ação sagrada, consciente, piedosa e ativamente, por meio de uma boa compreensão dos ritos e orações... aprendam a oferecer-se a si mesmos, ao oferecer juntamente com o sacerdote, não só pelas mãos dele, a hóstia imaculada...” Quem conduz, isto é, diz a oração em nome de todos, é o presidente. No Brasil, o povo participa, ratificando o que diz o padre

- com as intervenções e com o grande amém no fim da oração; Que sejam, de preferência, cantados!

 

O mistério da fé a vida, morte e ressurreição de JESUS e a nossa vida inteira na páscoa dele. Não fazem parte do rito da missa momentos de adoração ao Santíssimo na hora das palavras da instituição. Substituir a aclamação memorial: ‘Anunciamos, Senhor, a vossa morte...” 

Pe. Danilo César – PAULUS - O DOMINGO: Semanário Litúrgico-Catequético.  

 

A Liturgia Eucarística é composta de:

 

10.1 - Procissão das Oferendas – vamos apresentar o pão e o vinho, fruto do trabalho do homem no campo. É hora de oferecermos a nossa vida, com suas tristezas e alegrias, para que junto do pão e do vinho sejam transformados (nós somos muito importante para DEUS) e o que podemos oferecer de material com amor e alegria. Deve ser um gesto espontâneo e consciente (comentar as ofertas). Esta procissão é como se toda a nossa vida fosse encaminhando para entrar no movimento da oblação da entrega de JESUS ao Pai.

 

Um pequeno detalhe deste ofertório é a gota d´agua no cálice com o vinho para significar a nossa União com Cristo (comentar as orações do Celebrante quando não há canto; “Bendito Sejais, Senhor, DEUS do Universo, pelo pão que recebemos de vossa bondade, fruto da terra e do trabalho do homem, que agora nós apresentamos e para nós se vai tornar pão da vida” Resposta: “Bendito seja DEUS para sempre”).

10.2 – Ablução das mãos – Este gesto significa a purificação do coração do Celebrante para a realização do Sacrifício. “Lavai-me, Senhor das minhas faltas e purificai-me de meus pecados”.

Orai Irmãos....    Estas palavras, que o sacerdote profere, é para nos dar a entender que, conquanto desempenhe ele o papel de ministro principal, todos, que ali assistem, com ele oferecem a grande Vítima.

 

10.3 – Oração sobre as oferendas.

10.4 – Convite à oração: Este convite nos colocará alerto no grande louvor que iremos dirigir ao PAI.

a) O Senhor esteja convosco – Ele está no meio de nós (lembra do que falamos: JESUS está na assembléia tão real como na Eucaristia).

b) Corações ao Alto – O nosso coração está em DEUS.

c) Demos Graças ao Senhor nosso DEUS – É nosso DEVER e salvação.

10.5 – Oração Eucarística, momento central da LITURGIA que se inicia com o Prefácio – O prefácio é um hino de “abertura” que nos introduz ao Mistério Eucarístico e rendemos graças a DEUS por toda obra da salvação manifestada em JESUS. Por isso, o Celebrante convida a Assembléia para elevar os corações ao alto. O prefácio é um hino que proclama a santidade de DEUS e dá graças ao Senhor. É concluído com a aclamação Santo, Santo, Santo (tirado do profeta Isaías 6,3 – Ele não tinha o conhecimento da SS Trindade). É um modo de dizer que DEUS é Santíssimo.

 

Epíclese – O Celebrante invoca o poder do Espírito Santo a fim de transformar as oferenda de pão e vinho no Corpo e Sangue de JESUS. – De maneira mais admirável é a transformação do pão e do vinho na hora da consagração, na Missa.

 

Narrativa da consagração do Pão e do Vinho e Anamnese (memória). Por ordem de Cristo, o Celebrante pega o pão (hóstia = vítima = sacrifício) apresenta à assembléia, pronunciando as palavras que JESUS mandou dizer: “Tomai...” Fazemos isto para cumprir uma ordem expressa de JESUS: “Fazei isto em memória de Mim!” Meus irmãos este gesto é mais eficaz e vivo do que a terra e a chuva, que transforma a semente em trigo e uva, é a Palavra de DEUS. É a 4ª forma de presença real de JESUS. . Após a Consagração do Pão e do Vinho o Celebrante diz: “Eis o Mistério de Fé”. Sem fé, jamais conseguimos compreender este mistério.  

Oblação - Isto é, a Igreja oferece ao PAI o sacrifício, Seu próprio Filho imolado, a Hóstia CONSAGRADA. 

Intercessão Momento de elevar súplicas pela Igreja e seus pastores, pelos vivos e falecidos e pedimos o auxílio da Virgem Maria e todos os Santos. Devemos acompanhar as orações respondendo com amor, e... chegamos ao “topo”, no ápice.

Doxologia - Isto é, a Igreja oferece ao PAI o sacrifício, Seu próprio Filho imolado, a Hóstia CONSAGRADA, exclamando um grande louvor: “Por Cristo...”, é o momento que as nossas orações chegam ao Coração do Pai. É o momento da grande oblação. JESUS agora entrega ao PAI todo nosso ser (você se ofertou junto com as ofertas de pão e vinho? – Você também vai ao PAI) “Ninguém vai ao Pai senão por mim”. (Jo14,6). A Assembléia responde: Amém. Este amém é como se no final de um discurso de homenagem dissessem em coro Ele merece, Ele merece... Sim! DEUS é o único merecedor de homenagens! É o maior AMÉM da Santa Missa. 

 

11 - Comunhão

11.1 - O Pai-Nosso e a Oração da Paz – O Pai-Nosso não é uma simples fórmula de oração nem ensinamento teórico de doutrina. Antes de ser ensinado por JESUS, o Pai Nosso foi vivido plenamente pelo mesmo Cristo. Portanto, deve ser vivido pelos seus discípulos. Uma coisa bem clara no Pai-Nosso é que ele é uma oração no sentido comunitário e não individualista. Mesmo rezando sozinho, estou incluindo nessa oração todos os meus irmãos. Portanto, para eu comungar o Corpo e o Sangue do Senhor na Eucaristia, preciso estar em “comunhão” com meus irmãos, que são os membros do Corpo Místico de Cristo. Devemos afastar o egoísmo, orgulho, vaidade, falsidade, o ciúme, a discórdia, o ódio e a vingança.

 

O momento do Pai-Nosso é para nos lembrar mais uma vez como está o nosso relacionamento com o irmão. Preciso me reconciliar primeiro com o meu irmão. 

Em seguida o Celebrante reza uma oração pedindo a DEUS que nos livre de todos os males.

Após esta oração, o sacerdote repete as palavras de JESUS: “Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz”. Que paz é essa da qual fala JESUS? É o amor para com o próximo. Às vezes vamos à Igreja rezar pela paz no mundo, mas não estamos em paz conosco ou com nossas famílias. Não nos esqueçamos: a paz deve começar dentro de nós e dentro de nossas casas.

11.2 - Abraço da Paz  – A paz é um dom de DEUS. É o maior bem que há sobre a terra. Vale mais que todas as receitas, todos os remédios e dinheiro do mundo. Logo que JESUS ressuscitou dos mortos, foi ao encontro deles e lhes disse: “A paz esteja convosco”! Deve-se dar a paz aos irmãos do lado e no máximo o detrás, de maneira sóbria e jamais sair do seu lugar.

11.3 - A fração do pão é o ato do Celebrante partir a hóstia e depositar no cálice uma parte. Surgiu na Igreja primitiva que usava pães grandes e realmente precisava partir, dando um belíssimo sinal de união, de partilha entre os irmãos. A Igreja hoje continua com este gesto para lembrar duas coisas: JESUS partiu o pão e deu aos seus discípulos na Ceia e que os discípulos de Emaús reconheceram JESUS no momento em que partiram o pão em sua casa Lc24,30. Isso veremos quase no final do ano.

11.4 - Cordeiro de DEUS – Nas margens do Jordão, quando João Baptista vê Jesus vir ter com ele, exclama: « Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo » (Jo 1, 29). Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo – Isto é lindo, é maravilhoso demais. É muito justo e significativo que a mesma expressão apareça, sempre que celebramos a Santa Missa, no convite do sacerdote para nos abeirarmos do altar: « Felizes os convidados para a ceia do Senhor. Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo ». Jesus é o verdadeiro cordeiro pascal, que Se ofereceu espontaneamente a Si mesmo em sacrifício por nós, realizando assim a nova e eterna aliança. A Eucaristia contém nela esta novidade radical, que nos é oferecida em cada celebração.

JESUS é apresentado como o “Cordeiro de DEUS”. João Batista (isso veremos daqui alguns encontros), ao ver JESUS que ia passando, disse aos seus ouvintes: “Eis o Cordeiro de DEUS, que tira o pecado do mundo” (cf. Jo1,29). De fato JESUS é o verdadeiro Cordeiro Pascal. 

11.5 - Comunhão – Eucaristia é o Sacramento dos Sacramentos. É o SS Sacramento. Este Sacramento é o ápice da nossa vida Cristã. É JESUS que se doou totalmente por amor. Eucaristia é esse Tesouro que JESUS, o Rei imortal e eterno, deixou como Mistério da Salvação para todos os que nele crêem. Comungar é participar da divindade de JESUS. Quem comunga deve meditar um pouco nesse mistério da presença real do Senhor em sua vida. JESUS... é cordeiro imolado pelos hebreus no Egito foi um sinal de libertação. Por isso, o Celebrante nos convida para a comunhão dizendo: “Felizes os convidados para a Ceia do Senhor. Eis o...” e nós respondemos: “Senhor eu não...”. Esta aclamação nos lembra das palavras do centurião em Mt8,6-7. Na verdade ninguém é digno de comungar. Somente pela bondade de JESUS que Ele vem até nós. Só pode receber a Sagrada Eucaristia quem realmente sabe o que Ela é. A Comunhão nos fortalece na nossa caminhada e nos unem cada vez mais aos irmãos.

 

A hora da Comunhão merece nosso mais profundo respeito, pois nos tornamos uma só coisa em Cristo. E sabemos que essa união com Cristo é o laço de caridade que nos une ao próximo. O fruto de nossa Comunhão não será verdadeiro se não vemos melhorar a nossa compaixão, paciência e compreensão para com os outros. Vamos à direção ao Altar em fila, de modo sóbrio e respeitosamente, caminhando para COMUNGAR O CORPO DE JESUS. JESUS.... tão perto de mim, eu posso tocar...

 

Não pode comungar e já ir saindo da Igreja, ou ficar conversando e se distraindo, nem ir rezar diante de alguma imagem de sua devoção, pois JESUS deve ser o centro de sua atenção e piedade. Ele é o Hóspede divino que acaba de ser recebido.

 

Para comungar é necessário que cada um se examine bem. Pense bem naquilo que acabou de dizer: “Senhor eu não sou digno...” São Paulo diz quem comunga indignamente comunga a sua própria condenação e não para a salvação (Cf.1Cor11,23-29). Ora, JESUS nos deixou na Eucaristia para a Vida e não para a morte.

 

Se você por algum motivo não pode ainda receber o CORPO DE JESUS, você deve recebê-lo espiritualmente, isto é, ter um desejo profundo de unir a ELE e recitar a oração abaixo. Com esta atitude já criará laços mais estreitos.

 

 

Comunhão espiritual
Meu JESUS, eu creio que estais presente no Santíssimo Sacramento. Amo-vos sobre todas as coisas e minha alma suspira por vós. Mas como não posso receber-vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, ao meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de vós! Ó, sumo bem e doce amor meu, vulnerai e inflamai o meu coração, a fim de que esteja abrasado em vosso amor para sempre. Amém.

Depois de comungar temos alguns preciosos minutos em que Nosso Senhor JESUS Cristo nos tem, poderíamos dizer, abraçados. Perguntemos corajosamente: Senhor, que queres que eu faça? E estejamos abertos para ouvirmos a resposta. Quantos milagres e quantas curas acontecem nesse momento em que DEUS está vivo e presente em nós!

 

12 – RITOS FINAIS - Depois da Comunhão

12.1 - Antífona

12.2 - Momentos de ação de graças – é o momento que vamos interiorizar, vamos meditar no que acabamos de receber. Pode-se fazer alguma oração espontânea mentalmente.

12.1 - Vivência e avisos

12.2 - Bênção final  - O Celebrante invoca a bênção de DEUS sobre nós. Há várias bênçãos na Bíblia. Pode ser a escolha do Celebrante.

12.3 - Despedida – O Celebrante despede pedindo que o Senhor nos acompanhe no exercício de nossa Missão (que ouvimos, aprendemos e nos alimentamos). É nessa hora que começa nossa missão: a de levar DEUS àqueles que nos foram confiados, a testemunhar Seu amor em nossos gestos, palavras a ações, do mesmo modo que o celebrante consagrou o Pão e o Vinho

 

IMPORTANTE: Toda vez que é celebrada a Santa Missa torna presente àquilo que aconteceu no Calvário. Torna-O presente, a fim de que nós possamos oferecê-lo sempre de novo ao Pai como ato máximo de nosso culto. “Eis o Mistério da fé”!

 

Se compreendermos a maravilha da presença do sacrifício de JESUS em cada Santa Missa com certeza sentiremos um novo e profundo desejo de sempre participar com espiritualidade desse ato tão santo e santificador.   Na celebração da Santa Missa, que é a celebração da Vida, o Pai nos acolhe, o Filho se oferece ao Pai e se entrega a nós como alimento, o Espírito Santo nos plenifica com seus dons e Maria, a Mãe de JESUS, se coloca ao nosso lado, ensinando-nos louvar e agradecer à Trindade Santa.

 

Lembrete: A Missa começa com a entrada do Celebrante e termina com a bênção final. Quem chega após a 1ª. Leitura não cumpriu o preceito, (se não houver motivo justo, cometeu pecado) e não deve participar da Sagrada Eucaristia.

 

Objetos usados na missa ou em outras celebrações litúrgicas

ü o altar – representa a mesa da ceia do Senhor. Lembra também a cruz de JESUS, que foi como um “altar” onde o Senhor ofereceu o Sacrifício de sua própria vida. É o mais importante da igreja junto com a cruz.

ü O ambão – É a mesa da Palavra, de onde serão proclamadas as leituras. Não deve fazer o comentário e nem avisos. Ele deve mostrar claramente “a dignidade da Palavra de DEUS, exige que exista na Igreja um lugar que favoreça o anúncio e para o qual durante a liturgia da Palavra se volta espontaneamente a atenção dos fiéis.

ü crucifixo – sobre o altar ou acima dele deve haver um crucifixo, para lembrar que a Ceia do Senhor é inseparável do seu Sacrifício Redentor.

ü quadrado em cima do altar que si chama relicário, onde o Sacerdote beija ao aproximar do altar para celebração da Santa Missa.

ü hóstia – é o pão de trigo puro. Há uma hóstia grande para o Presidente da celebração e as pequenas (partículas – para facilitar a distribuição) para o povo. A hóstia do celebrante é partilhada com os concelebrantes, se houver. Hóstia quer dizer sacrifício. JESUS é o sacrifício da Santa Missa.

ü vinho – é o vinho puro de uva. Na consagração, o pão e o vinho se transformam em Corpo e Sangue de Nosso Senhor JESUS Cristo vivo e ressuscitado.

ü cálice – é uma “taça” revestida de ouro (realiza) mais dependendo da realidade da Comunidade pode ser prateada , cerâmica, vidro, porcelana, etc. Nela se deposita o vinho a ser consagrado.

ü âmbula ou cibório – semelhante ao cálice, mas tem uma tampa. Nela coloca-se as hóstias a serem consagradas. Após a missa, é guardado no Sacrário.

ü patena – é um “pratinho” de metal. Sobre ele se coloca a hóstia grande.

ü água – é água natural, serve para purificar as mãos do sacerdote e ser colocado no vinho (apenas umas gotas), para simbolizar a união da humanidade com a Divindade em JESUS.

ü pala – é uma peça quadrada, dura (um cartão revestido de linho). Cobre o cálice.

ü sanguíneo – é uma toalhinha comprida, branca, serve para enxugar o cálice e a âmbula.

ü corporal – é uma toalhinha quadrada. Chama-se corporal porque sobre ela coloca-se o Corpo do Senhor (âmbula e cálice) no centro do altar.

ü galhetas – são como duas jarrinhas de vidro. Numa vai a água, na outra o vinho. Elas estão sempre juntas, ao lado do altar.

ü manustérgio – vem da palavra latina “manus”, que quer dizer “mão”. É para enxugar as mãos do Presidente, no ofertório. Acompanha as galhetas.

ü missal – É um livro grosso que contém o ritual da missa, menos as leituras.Lecionário - onde contém as leituras que serão lidas.

ü velas – sobre o altar vão duas velas. A chama da vela é símbolo da fé que recebemos de JESUS, “Luz do Mundo”, usamos também no batismo e na crisma.

ü flores – em dias festivos, podem-se colocar flores. O certo não é sobre o altar, mas ao lado dele, pois o altar não é para por coisas. Relembramos a vida que renasce pela Ressurreição de JESUS.

ü Incenso – Desde o AT, queima-se o incenso e a fumaça perfumada e branca que se eleva, vem indicar as nossas orações que sobem ao céu. Também tem o significado de adoração prestada a DEUS.

ü turíbulo – pequeno recipiente sustentado por correntes, onde são colocados brasa e incenso para incensar o altar, o ambão e o povo em dias de festas. Significa que as nossas orações e louvores sobem a DEUS.

ü Ostensório -  Objeto utilizado para expor o SS. Sacramento, ou para levá-lo em procissão. Também é conhecido como custódia.

ü Óleo – Origem muito antiga, o óleo era usado no corpo dos atletas para dar mobilidade no momento da corrida. No AT o óleo é usado para consagrar as pessoas e objetos destinados exclusivamente ao culto de DEUS. Na liturgia é usado nas unções para consagrar, fortalecer e sobretudo impregnar a presença do Espírito Santo. Usa-se o óleo no Batismo, Crisma e Unção dos Enfermos.

 

As principais vestes litúrgicas ou paramentos.

São vestes apropriadas para a celebração do culto. Deste o AT, Moisés observava atentamente as vestes apropriadas para celebrar as cerimônias do culto prestado a DEUS. A respeito das cores, observamos no encontro sobre o Ano Litúrgico.

ü túnica – para lidar com as coisas santas; é um manto geralmente branco, longo, que cobre todo o corpo. Lembra a túnica de JESUS, “sem costuras de alto a baixo”.

ü estola – é uma faixa vertical, separada da túnica, que desce do pescoço do padre, com duas pontas na frente. Sua cor varia de acordo com a liturgia do dia. Existem sete cores: verde, branco, roxo, vermelho, rosa e raramente; azul e preta . A estola simboliza o poder sacerdotal.

ü casula – vai sobre todas as vestes. Cobre todo o corpo. A cor varia conforme a liturgia, como a estola. É uma veste solene, ampla que deve ser usada nas missas dominicais e dias festivos.

ü amito – é um pano branco que envolve o pescoço do celebrante. Veste-se antes da túnica ou alva (alva – veste semelhante à túnica, veste-se uma ou outra) – Lembra que o Sacerdote se reveste da couraça de proteção.

ü cíngulo – é um cordão que prende a alva ou a túnica a altura da cintura.

ü umbral – pequeno manto (faixa larga) e é usado para levantar o ostensório para bênção com o Santíssimo Sacramento. É sinal de respeito e simboliza também cuidado com JESUS no Santíssimo Sacramento. Seu uso não é obrigatório.

 

Motivação para o próximo encontro: Como será que a Igreja caminha durante o ano? Será que é igual ao ano que conhecemos? Ah! O encontro será imperdível!

 

 

 

 

Conhecendo mais a Santa Missa

 

1º O que é a Santa Missa?

ü A Santa Missa é a celebração do sacrifício do Corpo e do Sangue de Nosso Senhor JESUS Cristo.

ü A Santa Missa é a celebração da EUCARISTIA (a Última Ceia). É uma celebração de ação de graças. Toda Missa celebrada é ação de graças. Por isso, ao incluir uma intenção devemos citar o motivo de estar dando graças.

ü A Santa Missa é um culto de adoração que a Igreja oferece a DEUS-Pai. Esta Igreja (Corpo Místico) é constituída por todos os cristãos (membros) presididos pelo Senhor JESUS (Cabeça), unidos pelo Espírito Santo.

 

2º Para que devemos participar da Santa Missa?

ü Para adorar e glorificar a Santíssima Trindade, por ser a fonte e a finalidade da Liturgia.

ü Para receber o perdão dos pecados. Deve-se participar da Missa em estado de graça. Para tanto, DEUS nos concede o perdão dos pecados leves (veniais), durante o Ato Penitencial desde que devidamente reconhecidos com o firme propósito de emenda. Assim, purificados, poderemos nos aproximar da mesa da comunhão para receber a Sagrada Eucaristia. Quanto aos pecados mortais (graves) somente pelo Sacramento da Reconciliação (Confissão) podemos obter o perdão de DEUS.

ü Para agradecer a DEUS (Eucaristia é uma palavra grega que significa: ação de graças). Somos convocados para louvar, bendizer, dar graças e esperar contra toda esperança.

ü Para receber a Palavra (pela audição das leituras bíblicas e homilia) “A palavra de DEUS é viva e eficaz; ela não retorna sem dar frutos.” (Is 55,11). Assim, ao ouvirmos a Palavra, Ela atua sobre nós e nos faz desejar estar, cada vez mais, seguindo o Nosso Senhor JESUS. Pois a fé vem pela audição.

ü Para receber a Sagrada Eucaristia, o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor JESUS Cristo, a fim de que tenhamos Vida (Jo6,55).

ü Porque é muito agradável a DEUS. Ele nos ordenou: “Fazei isto em memória de Mim.” (l Cor11,25).

ü É o nosso Encontro pessoal com JESUS Cristo.

 

3º Quais são as partes da Santa Missa?

A missa tem duas partes principais:

ü Liturgia da Palavra – é o próprio DEUS que fala ao povo através da Sagrada Escritura.

ü Liturgia Eucarística – o celebrante se empresta ao Senhor JESUS que tornará presente aquilo que Ele fez na última Ceia.

 

4o- São só duas as partes da Santa Missa?

Não! A Missa tem ainda uma parte inicial (Rito Inicial) e outra no final (Rito Final)

5o- Quando devemos participar da Santa Missa?

Todos os domingos e dias santos (Missas de preceito: 1o de janeiro, Corpus Christi, Imaculada Conceição, que é o dia 08 de dezembro e Natal). Também podemos e devemos participar da Santa Missa todos os demais dias do ano.

6O- O que devemos fazer após a participação da Santa Missa?

Ser testemunho do Senhor JESUS, na Igreja, na família, no trabalho e até os confins do mundo. (cf. At1,8). Para tanto, é necessário procurar cada vez mais a conversão pessoal, isto é, andar vigilantes com o próprio modo de viver. Ajudar outras pessoas, incentivando-as e rezando por elas. Ninguém se salva sozinho.

 

7o – Por que o domingo?

Dia do Senhor foi mudado, pelos cristãos, para o domingo por causa do Grande acontecimento, a Ressurreição de Nosso Senhor JESUS Cristo.

 

8o- Quem pode celebrar a Santa Missa?

Papa, os bispos e os presbíteros (padres).

 

9o- Porque o padre veste uma “roupa” diferente?

O padre está no lugar de JESUS. É por isso que tem uma veste própria. Ele é um homem como nós, mas revestido do poder divino para realizar algo sobrenatural.

 

10o- Que é algo sobrenatural?

ü É algo que transcende (que vai além) da natureza humana. Portanto, é algo que a razão humana não pode alcançar. Somente pela fé chegamos ao sobrenatural.

ü É algo divino que vem de DEUS.

11o - Por que o padre usa vestes de cores diferentes nas missas?

Porque as cores nos lembram o Tempo da Liturgia que estamos celebrando. São elas:

 

ü Roxa

     – nos lembra que estamos nos preparando para uma grande festa. Significa penitência, oração, esmola. Significa meditação, silêncio e conversão. É usada:

     -   no Advento: nos lembra que estamos nos preparando para o nascimento do Menino JESUS, o nosso Salvador. Por meio desta lembrança, voltam-se os corações para a expectativa da segunda vinda de Cristo, no fim dos tempos.

  na Quaresma: nos lembra que estamos nos preparando para celebrar a Grande Festa da Páscoa dos Cristãos. A páscoa é o Coração do Ano Litúrgico.

  nas celebrações: penitenciais, atendimento de confissões individuais, coletivas e Unção dos Enfermos.

  nas missas de 7º  dia e 30o dia.

ü Rosa

        é uma cor roxa mitigada. Significa que a festa está próximo, o tempo de preparação está quase no fim. É sinal da alegria que está chegando. Usa-se no 3º domingo do Advento (Guadete: alegrai-vos) e no 4º domingo da Quaresma (Laetare: alegria), porém não é obrigatório.

ü Vermelha

Representa o “fogo” do Espírito Santo, a alegria, realeza, testemunho de fé dos mártires que tiveram o sangue derramado. É usada nas celebrações do:

-          Domingo de Ramos;

-          Celebração da Paixão e Morte do Senhor JESUS;

-          Domingo de Pentecostes;

-          nos dias dedicados aos mártires;

-          no Domingo de São Pedro e São Paulo (no Brasil).

 

ü Verde

        significa esperança. É o Tempo Comum que vimos na liturgia da missa a missão de JESUS (Vivência do Reino de DEUS). Representa a esperança Cristã.

No Tempo Comum:

1O período de tempo comum - depois do Natal. Começa na segunda-feira após a festa do Batismo de JESUS até a terça-feira antes da quarta-feira de cinzas, início da Quaresma.

 

2O período de tempo comum - depois da Páscoa. Começa na segunda-feira após a festa de Pentecostes até o sábado antes do 1º Domingo do Advento. No último domingo do Tempo comum celebra-se a festa de Cristo Rei. O Celebrante usa a cor branca ou dourada.

 

ü Branco (lembra-nos festa e alegria)

-          no tempo do Natal (festa do Natal até a festa do Batismo de JESUS).

-          no tempo da Páscoa (do Domingo da Páscoa até a véspera do Pentecostes).

-          celebrações festivas, como festa de Nossa Senhora e dos Santos.

-          nas celebrações dos Sacramentos do Batismo e do Matrimônio.

 

ü Azul (usa-se nas festas de Nossa Senhora), porém é raro o seu uso.

IMPORTANTE:

 1) JESUS Cristo é o Sacerdote por excelência.

2) O bispo é a pessoa constituída para presidir o culto divino, santificar o Povo de DEUS e interceder pela comunidade, no que diz respeito à Salvação, bem como de ensinar e governar o Povo de DEUS em lugar de JESUS Cristo. Como substitutos dos bispos, os presbíteros (sacerdotes ou padres) também realizam tais funções.

3) A missa é tão infinitamente grande que faz sentido o Sacerdote celebrá-la até sozinho.

4) A oração da Santa Missa é a maior oração que existe. É O PRÓPRO DEUS.

 

A Santa Missa é o culto de adoração que a Igreja faz a DEUS-Pai. O Senhor JESUS é quem de fato preside a Missa. Ele Se oferece ao Pai para a salvação do mundo. O Senhor JESUS, ao mesmo tempo, é quem realiza o sacrifício e é a vítima sacrificada. Sob a ação do Espírito Santo, todo o fiel cristão participa desse sacrifício de louvor ao Pai.

 

Portanto a Santa Missa é algo que acontece no seio da Santíssima Trindade. É um ato divino. Nenhum ato humano, por mais virtuoso ou nobre que seja, poderá jamais se igualará ao que acontece na Santa Missa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Maravilhoso valor da Santa Missa

 

1 – Na hora da morte, as Missas a que houveres assistido, serão a tua maior consolação. Em cada Santa Missa podes diminuir a pena temporal devida aos teus pecados, pena essa que será diminuída na proporção do teu fervor.

 

Assistindo a Santa Missa com devoção:

Ø Prestas a maior das honras à Santa Humanidade de JESUS Cristo. Ele se compadece de muitas das tuas negligencia e omissões.

Ø Preserva-te de muitos perigos e desgraças que te abateriam.

Ø Diminui o império de satanás sobre ti mesmo.

Ø Sufraga as almas (purificam) do purgatório da melhor maneira possível

Ø Uma Missa assistida em vida será mais salutar que muitas a que os outros assistirão por ti depois da morte.

Ø Será ratificada (confirmada) no Céu a bênção, que do Sacerdote recebes na Santa Missa.

 

2 – O martírio não é nada em comparação com a Santa Missa. Pelo martírio, o homem se oferece a DEUS A SUA VIDA; na Santa Missa, porém DEUS dá o seu Corpo e o seu Sangue em sacrifício para os homens. Se o homem reconhecesse devidamente esse mistério morreria de amor. 

A Eucaristia é o milagre supremo do SALVADOR; é o dom soberano do Seu Amor.                         (S.Tomás de Aquino).

 

3 – Todas as Missas têm um valor infinito, pois são celebradas pelo próprio JESUS CRISTO, com uma devoção e amor acima do entendimento dos anjos e dos homens, constituindo o meio mais eficaz, que nos deixou Nosso Senhor JESUS Cristo, para a salvação da humanidade.                                                                                                       (Santa Matildes)

 

4 – Fica sabendo ó cristão, que mais se merece participar devotamente de uma só Missa, do que distribuir todas as riquezas aos pobres e peregrinar toda a terra.                                                                                (São Bernardo)

 

5 - Nenhuma língua humana pode exprimir os frutos de graças, que atrai o oferecimento do Santo Sacrifício da Missa.                                                                                                                                                                   (São Lourenço)

6 – A Santa Missa é o presente mais precioso e mais agradável que podemos oferecer à Santíssima Trindade: Vale o próprio DEUS.                                                                                                                                         (São Martinho)

7 – Sinto-me abrasado de amor até o mais íntimo do coração pelo santo e admirável Sacramento da Santa Missa e deslumbrado por essa clemência tão caridosa e tão misericordiosa de Nosso Senhor, a ponto de considerar grave falta, para que, podendo assistir a uma Missa, não o faz.                                                                        (São Francisco de Assis)

8 – Nosso Senhor JESUS Cristo nos concede tudo o que lhe pedimos na Santa Missa; e o que mais vale é que nos dá ainda o que nem sequer cogitamos pedir-lhe e que, entretanto nos é necessário. Cada Missa a que assistires, alcançar-te-á, no Céu, maior grau de glória.                                                                                         &#

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